segunda-feira, 22 de março de 2010

Persevere!


A perseverança é uma qualidade imprescindível para o nosso processo de evolução. Ela nos ajuda a superar os obstáculos nos momentos em que precisamos estar fortalecidos e combativos diante das dificuldades da vida. É comum vermos irmãos em desespero, entregues ao desânimo e, muitas vezes, chegarem ao suicídio por se sentirem incapazes de suportar ou encontrar uma solução para aquele momento de aflição.
Esquecemos que, nesses momentos, Deus nos proporciona oportunidades ímpares para buscarmos uma solução para os conflitos em nossa vida, que, às vezes, é diferente daquela que desejaríamos, mas devemos encarar isso como um momento de aprendizado para a nossa evolução e, conseqüentemente, uma reparação de nossos erros do passado.

Intuição e discernimento
Portanto, perseverar é fundamental para atingirmos nossas metas e sonhos, e isso vai exigir muita luta. Na condição de perseverantes que devemos ser, avaliar o alcance de nossas intenções é prudente, mas diante de obstáculos é importante que façamos uma pausa e aguardemos o momento favorável para ultrapassá-los. Porque ao longo deste caminho, encontraremos espinhos, que representam as dificuldades que temos de enfrentar.
Calma e paciência são qualidades que caminham lado a lado com a perseverança. Elas nos ajudarão a desenvolver as habilidades de que precisamos. E, ainda, uma porção de bom humor ao longo desta estrada fará com que ela pareça menos longa e espinhosa. Porque “as lamentações são para os fracos”, referindo-nos ao ditado popular, e nós ainda acrescentamos que “lamentar é a opção mais confortável para o ser humano”, que procura em desculpas a maneira mais cômoda para resolver seus problemas.
Diante das dificuldades, ter uma postura pessimista, destrutiva, em essência, nada ajuda na construção de nosso aprimoramento espiritual. No entanto, se as dificuldades forem maiores, procuremos abstrair algo de bom; e tomemos isso como uma lição e passemos a viver nossas aflições dentro de sua real dimensão.
Mesmo nessas condições, ainda que limitadas, a trajetória traçada em busca de nossos objetivos nos dá a certeza de termos capacidade para alcançar aquilo que almejamos. As paradas são necessárias durante a caminhada e devem servir como reflexão e orientação para viver situações difíceis.
Essa convicção interior, somada ao perseverar naquilo em que acreditamos, nos dá a certeza de nada ser impossível. Quando fizermos uma viagem no tempo, perceberemos que nossa vida é o reflexo do que aprendemos, da experiência adquirida e do esforço que fizemos para nos manter firmes em nossos ideais.
Há uma historinha chamada “A última corda” muito interessante. Gostaria de compartilhá-la com o leitor para ilustrar melhor o assunto que nos propusemos a comentar.
“ Era uma vez um grande violinista chamado Paganini. Alguns diziam que ele era muito estranho. Outros, que era sobrenatural. As notas mágicas que saiam de seu violino tinham um som diferente, por isso ninguém queria perder a oportunidade de ver seu espetáculo.
Certa noite, um auditório repleto de admiradores estava preparado para recebê-lo. A orquestra entrou e foi aplaudida. O maestro foi ovacionado. Mas, quando a figura de Paganini surgiu, triunfante, o público delirou. Paganini coloca seu violino no ombro, e a que se assistiu em seguida foi indescritível. Ouviram-se breves e semibreves; fusas e semifusas, colcheias e semicolcheias pareciam ter asas e voar com o toque daqueles dedos encantados.
De repente, um som estranho interrompe o devaneio da platéia. Uma das cordas do violino de Paganini arrebentou. O maestro parou. A orquestra parou. O público parou. Mas Paganini não parou. Olhando para sua partitura, ele continuou a tirar sons deliciosos de um violino com problemas. O maestro e a orquestra, empolgados, voltaram a tocar.
Mal o público se acalmou quando, de repente, um outro som perturbou a atenção dos assistentes. Outra corda do violino de Paganini se rompeu. O maestro parou de novo. A orquestra parou de novo. Paganini não parou. Como se nada tivesse acontecido, ele esqueceu as dificuldades e avançou tirando sons do impossível. O maestro e a orquestra, impressionados, voltaram a tocar.
Mas o público não poderia imaginar o que iria acontecer em seguida. Todas as pessoas emitiram um grito que ecoou pela abobadilha daquele auditório. Uma terceira corda do violino de Paganini se quebrou. O maestro parou. A orquestra parou. A respiração do público pára. Mas Paganini não parou. Como se fosse um contorcionista musical, ele tira todos os sons da única corda que sobrara daquele violino destruído. Nenhuma nota foi esquecida. O maestro empolgado se anima. A orquestra o acompanhou. O público silencioso vai à euforia, da inércia ao delírio. Paganini atinge a glória. Seu nome corre através do tempo. Ele não é apenas um violinista genial. É o símbolo do profissional que continua diante do impossível.
Essa história nos revela que não devemos desistir nunca, pois sempre haverá uma última corda. Há quem desista ao romper-se a primeira corda, outros vão mais além. Mas, quando a segunda corda arrebenta, isso parece o fim, e acabam desistindo. Porém, existem aqueles que seguem o caminho acreditando em seu ideal, no qual podem vencer por mais obscuro que seja o caminho.
Essa é a nossa mensagem. Acredite em seu ideal, desperte o Paganini que há em você e jamais desista, pois sempre haverá uma última corda. Porque, ao perseverar, a pessoa deve concentrar sua energia e crença na possibilidade de alcançar uma solução para seus problemas.
Escrito por Marco Tulio Michalick   
PAZ E LUZ!


  

sábado, 20 de março de 2010

Sociedade erotizada


O que há de errado com o comportamento sexual das pessoas no Ocidente? Por que vivemos nesse excesso de erotismo?

Quando vejo, hoje em dia, matérias na televisão sobre gravidez na adolescência, AIDS, abortos e separações, fico a pensar no processo de erotização que todos nós temos sofrido há muito tempo.
Quando estive na Índia, em 1994, bem como em países árabes, como o Egito, em 1993, fiquei sabendo que nesses países a virgindade ainda é importante, antes do casamento, diferentemente do que temos nos países ocidentais. E que o índice de AIDS e abortos é bem menor por lá. Sem falar que não há tantas adolescentes grávidas, nem pais precoces e despreparados para educar seus filhos.
Tudo isso me leva a refletir acerca de nosso passado distante, no tempo do homem das cavernas.
A expectativa de vida do Homem de Neandertal, por exemplo, o conhecido homem das cavernas, que surgiu por volta de 200 mil anos atrás e desapareceu por completo há mais ou menos 50 mil anos, era de cerca de 20 anos de idade. É a idade com que alguns jovens hoje entram na faculdade. Eles viviam em geral muito pouco. Morriam de várias doenças e atacados por animais ferozes. Não havia medicamentos, médicos, nem hospitais. Um ferimento não costurado era capaz de causar uma hemorragia incontida e levar à morte.
Hoje a expectativa de vida dos brasileiros já passa dos 70 anos, e não é das maiores. Quanta diferença.
A fêmea neandertal já era fértil aos doze ou treze anos de idade, e engravidava possivelmente uma vez por ano, sem ter muitas vezes um pai único para seu filho, pois ainda não havia o casamento como hoje conhecemos e chamamos de monogâmico. E a maioria de seus filhos não sobrevivia. Poucos chegavam aos 50 anos. E isso era excepcional, e o homem de 50 anos já era considerado ancião. É a minha idade hoje, e não me sinto velho.
Na antiguidade, e até a Idade Média, ainda eram comuns as meninas se casarem com quatorze ou quinze anos. E com o passar do tempo a idade foi aumentando, à medida que a expectativa de vida também aumentava.
Hoje, são raras as mulheres que se casam antes dos 20 anos. E a tendência, principalmente das que fazem faculdade, é de se casarem lá pelos 30 anos ou mais.
Todavia, mesmo com o aumento da expectativa de vida do ser humano, e da elevação da idade para o casamento, no Ocidente as pessoas iniciam a vida sexual cada vez mais jovem, muitas vezes com 12, 13 ou 14 anos apenas. Alguma coisa está fora do rumo nessa estória.
Crianças e adolescentes hoje começam a fazer sexo com a mesma idade dos homens de Neandertal. Mas a época deles era outra, e a vida deles eram curtas demais. Eles não estudavam, e seu trabalho era apenas caçar, coletar frutos e raízes e encontrar uma boa caverna para morar, principalmente para dormir.
O que há de errado com o comportamento sexual das pessoas no Ocidente?
Os índios não fazem sexo antes do casamento. Os homens antigos não faziam sexo antes do casamento. O sexo estava para eles no seu devido lugar. O lugar que a natureza lhes reservou: Procriação.
É claro que hoje vemos as coisas de modo um pouco diferente. O sexo também contribui para aumentar os laços afetivos, amorosos, unir os casais, fazer brotar o amor...
No mundo primitivo, no qual viviam nossos irmãos neandertais, ainda não se usavam roupas, mas apenas peles de animais por cima do corpo, isso nas regiões frias. Antes disso as pessoas andavam nuas. Mas não havia o sentido de erotismo que há hoje. Um homem não ficava ansioso para ver um seio à mostra, nem uma mulher ficava eufórica quando via regiões mais íntimas dos homens. Tudo isso era comum, era cotidiano, era natural, como entre os índios.
Depois que passamos a usar roupas mais fechadas, o corpo foi gradativamente sendo escondido, até chegar ao ponto de, em algumas regiões frias da Europa, não se poder ver quase nada do corpo, mas somente a cabeça e as mãos, fazendo os homens delirarem com a simples mostra de parte do seio em decotes mais ousados.
Com o passar do tempo, chegando o século XX, mais precisamente no meado do século, teve início a revolução sexual, a revolução feminista, e as pessoas passaram a tirar mais as roupas, as mulheres abondonaram o sultien, passaram a usar saias cada vez mais curtas, e os homens passaram a usar também calções curtos, deixando à mostra partes do corpo há tanto tempo escondidas.
Tudo parece, em princípio, bom, normal, natural. Mas não nos demos conta de que a nudez foi aumentando tanto até chegar aos biquínis minúsculos, que nada mais tapam das nádegas das mulheres, e na frente só tapam mesmo a micro região do sexo, e as sungas de algumas décadas atrás deixavam entrever o volume dos membros dos homens, tudo despertando cada vez mais o sentido erótico do corpo e despertando o desejo sexual.
Hoje, as pernas e seios estão à mostra sem limites. Os músculos dos homens são cada vez mais exibidos. As emissoras de TV competem na apresentação de novelas e filmes cada vez mais erotizados, e em horários cada vez mais cedo. E transmitem novelas cheias de erotismo e atividade sexual infanto-juvenil até no final da tarde no Brasil, sem absolutamente qualquer controle ou freio disso. Se alguém critica, dizem que é contra a democracia, contra a liberdade de expressão. E assim, sem nenhuma censura, seja prévia, seja após a realização e transmissão de material incompatível com o horário de exibição, nos tornamos reféns das emissoras de TV, que podem impor para nós e nossos filhos o que bem entenderem. Tudo o que querem é apenas a “audiência” maior, pois isso lhes dará mais e mais dinheiro. Tudo, no final, para os encarnados que dominam a mídia, se resume a dinheiro. Nós somos apenas consumidores, a lhes darem dinheiro. Nada mais do que isso.
Não vemos muitas vezes uma relação direta entre os programas de TV, os outdoors, e as revistas escancaradas nas bancas de revistas mostrando a nudez total e cenas de sexo explícito com a idade cada vez mais precoce com que nossos filhos iniciam sua atividade sexual sem o devido preparo, e sem maturidade para serem pais ou mães, nem preparo para morrerem precocemente de AIDS. Nem os pais estão preparados para isso tudo.
Atualmente, quando saímos de casa damos de cara logo na primeira esquina com um outdoor com cenas eróticas, que nos desperta desejos e fantasias. Se pararmos numa banca para comprarmos um jornal ou uma revista, estaremos sendo também bombardeados com mensagens eróticas agressivas e maciças. E ao chegarmos a nossas casas, depois do trabalho, continua o bombardeio erótico pela TV. Tudo leva ao erotismo desenfreado.
Será que tudo isso é mero acaso?
Não, não é não. As inteligências malignas do mundo espiritual vêm planejando isso há muitas e muitas décadas, pacientemente, até que conseguiram dominar o mundo Ocidental quase que inteiramente, com a propaganda erótica ostensiva.
É difícil as pessoas serem bombardeadas diariamente com propaganda erótica e não se deixarem inconscientemente levar pela onda erótica. Simplesmente entram na onda, sem perceber, e ficam presos a ela, sem conseguirem sair, e muitos se afogam em meio a tanto sexo fácil que acaba decorrendo da propaganda erótica planejada nas trevas, na calada da noite, e que envolve quase todos.
Fazem apologia do homossexualismo, do sexo livre, antes chamado inicialmente de amor livre, na era hippie, e também da normalidade do adultério. Tudo hoje parece ser permitido e normal. Essa é a idéia que os planejadores lançaram na humanidade, e engolimos direitinho, sem reclamar, e com o maior prazer.
Estamos hoje vivendo uma era de grande erotismo, de aumento da sexualidade, de aumento da libido, exacerbada enormente pela propaganda erótica, e da diminuição da idade inicial da vida sexual, com grave prejuízo para as famílias e para toda a sociedade, e ninguém faz nada. Será que as pessoas não enxergam isso tudo? Ou não querem simplesmente enxergar, por estarem curtindo tudo isso e sem querer abrir mão de tanto sexo?
Hoje o banquete do sexo está aí para todos. Só não se deleita quem não quer. Só não se lambuza se não quiser.
Crianças usadas por pedófilos, pedofilia incontrolável na internet, gravidez precoce, desarmonia familiar, adultérios incontidos e destruidores causando tantas e tantas separações, mesmo daqueles que se amam de verdade, mas que se deixam arrastar pela onda, pelo Tsunami do sexo e do erotismo...
Orai e vigiai, dizia Jesus, apresentando uma fórmula de não cairmos em tentação.
Isso parece pieguice... mas observe se você não está também preso na onda erótica universal...e talvez também enceguecido por ela...sem conseguir se livrar...como uma mosca presa na teia de aranha...ou um mosquito preso no mel...
Que Deus nos dê a luz necessária e a força para sairmos dessa onda erótica destrutiva, e que consigamos colocar novamente o sexo no seu devido lugar e no seu devido papel evolutivo do espírito...

Escrito por Luis Roberto Mattos   

Paz e Luz!





quinta-feira, 18 de março de 2010

Evolução e reforma íntima


Evolução significa desenvolver algo que já existe em potencial. Ou seja, evoluir espiritualmente significa manifestar, de forma gradativa, todo o potencial que existe em nós...

Em biologia, evolução é a mudança das características hereditárias de uma população, de uma geração para outra. Este processo faz com que os organismos mudem ao longo do tempo. A seleção natural é um processo pelo qual características hereditárias que contribuem para a sobrevivência e reprodução se tornam mais comuns numa população, enquanto que características prejudiciais tornam-se mais raras.
O termo evolução vem do latim evolutio, que significa “desabrochamento”. Segundo o dicionário Aurélio, evoluir significa “evolver, passar por transformações”.
Sob a ótica espírita, quando falamos que o espírito evolui desde os primórdios de suas ligações com a matéria, não significa que cada átomo, cada planta ou cada micróbio seja um espírito, mas, que esses reinos primitivos são o molde, a base por onde o princípio inteligente se manifesta a fim de desenvolver-se. É como o casulo da borboleta. Antes, ela só existia como lagarta! Ou seja, tudo na natureza se encadeia para que o espírito realize vôos mais altos, rumo ao infinito. Sem o reino animal, o princípio inteligente não teria desenvolvido o instinto, essa força da natureza que é à base da nossa manifestação como seres humanos. É “cuidando do ninho” que são desenvolvidas as primeiras noções de família, para, posteriormente, as transformarmos em sentimento de amor para conosco (autoestima) e com a família universal.
Evolução significa desenvolver algo que já existe em potencial. Ou seja, evoluir espiritualmente significa manifestar, de forma gradativa, todo o potencial que existe em nós. Somos centelhas divinas. Somos a própria manifestação de Deus. Quando amamos, é o amor divino que está em ação. Portanto, trazemos em nossa essência o “código genético do Pai”. Apenas precisamos nos iluminar, nos conhecermos em profundidade para que a grande reforma espiritual se realize e o brilho interno da nossa consciência se manifeste.
Resumindo: sem autoconhecimento não é possível a reforma íntima. “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”. A Verdade está além dos livros, além da razão, da mente. A verdade é nossa realidade maior, é Deus em toda sua Plenitude. Este caminho é eterno, infinito, e a cada passo um novo horizonte se abre diante de nós.
Escrito por Victor Rebelo

Paz e Luz!